28 de jul. de 2010

Fic: The Way You Left Me

Titulo: The Way You Left Me

Tipo: POV, SongFic                                 

Resumo: "Então como um brainstorm, milhares de lembranças invadiram sua mente e Rose finalmente compreendeu o que estava acontecendo."

Nota: essa é minha primeira fanfic de Doctor Who e é só o 'prólogo' de outras que estão por vir, passadas após o final da 4ª Temporada com Rose e o Human Doctor.

“This is the way you left me, I'm not pretending.
No hope, no love, no glory, no happy ending.
This is the way that we love, like it's forever.
Then live the rest of our life, but not together.”

- Happy Ending, Mika

~*~

“Você pode passar o resto da sua vida comigo, mas eu não posso passar o resto da minha com você.”

Rose acordou em seu quarto com a frase ecoando em sua mente. Doctor lhe dissera isso quando ela conheceu Sarah Jane e teve medo de que algum dia também fosse ‘deixada pra trás’ como as outras ex-companheiras.

“Não você.”

Foi a resposta que ele lhe dera. Mas ainda assim aqui está ela, em um universo paralelo, “Pete’s World” como Doctor apelidou essa realidade onde Pete Tyler continua vivo e fazendo sucesso com seus inventos. Ela tem sua mãe, Pete a quem sempre chamou de pai, seu irmãozinho Tonny... e John. Sendo parte humano o novo Doctor teve que se adequar a algumas convenções humanas e a primeira delas foi assumir um nome humano. E que nome mais ‘Doctoresco’ que John Smith?

“Você nasceu em combate, cercado por sangue, ira e vingança. Te faz lembrar de alguém? Esse sou eu quando te conheci, e você me transformou em alguém melhor. Agora pode fazer o mesmo por ele.”

ROSE: Mas ele não é você.

Ela repetiu para si mesma o que disse ao Doctor no segundo pior dia de sua vida, que assim como o primeiro, ocorreu na cinzenta Bad Wolf Bay.

Ainda confusa com o sonho que acabara de ter, Rose acendeu o abajur do criado-mudo e sentou-se na cama recostando-se e abraçando um travesseiro, tentando se lembrar do que havia aprendido sobre as regenerações dos Time Lords.

O Doctor nunca deu detalhes, na verdade ela tinha a impressão de que ele não gostava muito de tocar no assunto.

“Se parece com a morte.”

Foi o maximo que ela conseguiu tirar de informação dele sobre como era a sensação de se regenerar. Como uma fênix, o Doctor tem o poder de morrer e renascer das ‘cinzas’, sempre o mesmo, mas nunca igual ao anterior. A sede por aventura, o senso de justiça e o eterno bom humor continuavam ali, porém, se manifestando de forma diferente.

Quando ele se regenerou não foi fácil compreender ou aceitar que aquele era o mesmo homem que havia a salvo de manequins assassinos, a levado para ver o fim do planeta Terra e todas aquelas aventuras fantásticas, mas bastou ele bravamente salvar o dia para ela começar a entender que aquele era sim, o mesmo homem... ou alien. Verdade seja dita, por mais peculiar que o Doctor fosse Rose raramente se lembrava ou parava para pensar no fato de que ele era um alienígena.

“Você sabe o que acontece agora.”

Rose lembrou-se de Jack a puxando para longe do Doctor após ele ser atingido por um Dalek há dias atrás, dias que mais parecem anos, quando ela finalmente conseguiu voltar para o seu antigo mundo. Junto com essa lembrança veio também a sensação de desespero que sentiu naquele momento; ela já havia perdido seu Doctor uma vez e precisou reaprender a confiar em uma nova versão dele mesmo, uma versão que surpreendentemente a conquistou de forma mais arrebatadora que a anterior e não estava pronta para passar por tudo aquilo outra vez, não minutos depois de tê-lo reencontrado após dois anos separados por uma parede espaço-temporal. Rose ama o Doctor, qual quer que seja a cara ou a personalidade dele, mas alguma coisa naquela ‘versão’ a fazia se sentir completa.

Suspirando, ela deixou-se afundar um pouco na cama, observando o reflexo da luz em suas mãos e vagas idéias passando por sua cabeça na tentativa de clarear o significado do sonho e da estranha sensação que a fizeram acordar como que de um pesadelo.

“Você também viu.”

Rose olhou novamente para suas mãos agarradas ao travesseiro e notou que aquilo não era reflexo do abajur. Aquele brilho vinha dela própria.

“O lobo, há algo do lobo em você!”

Ela examinou suas mãos, percebendo que o brilho estava também em seus braços e pelo resto do corpo. Era o mesmo brilho levemente alaranjado, mas dessa vez estava infinitamente mais fraco, quase imperseptivel.

Então como um brainstorm, milhares de lembranças invadiram sua mente e Rose finalmente compreendeu o que estava acontecendo.

“Me pareço com ele, penso como ele. Tenho as mesmas lembranças, os mesmos pensamentos. Mas só tenho um coração.”

“Ele precisa de você. Isso sou eu.”

Ele sabia. De alguma forma Doctor sabia que logo iria se regenerar novamente e viu em seu clone a chance de continuar vivo. Com ela.

“O Doctor na TARDIS com Rose Tyler, como deve ser.”

Fim 

Nenhum comentário: